Família Pozzebon
Motivos da Emigração













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As principais razões que levaram um grande número de italianos a emigrar foram o crescimento populacional e o processo de unificação do país.
A guerra por si já traz um processo de destruição. As guerras antes do aparecimento dos automóveis e caminhões trazia um problema inerente: o abastecimento. A alimentação dos soldados era conseguida através de doações da população do local onde estavam acampados, ou simplesmente através de saques, seja da colheita, seja dos animais. Regiões próximas dos campos de batalha eram pilhadas, deixando, muitas vezes, a população local sem ter o que comer. Além disso, a permanência das tropas inviabilizava o plantio.
O norte da Itália sempre foi palco de disputas territoriais, seja com os países vizinhos, seja no processo de unificação. A campanha de Napoleão na Itália, antecedeu a guerra pela unificação. As frequentes guerras que Treviso sustentou por sua libertação trouxeram pobreza e ruína à província. Numa região tão envolvida em batalhas, não é de se estranhar que, embora a maioria da população trabalhasse no campo, muitas vezes não houvesse o que comer.
A maior parte dos italianos que emigraram para o Brasil vieram do norte. De 1876 a 1886, 65% dos imigrantes vieram do Vêneto, do Piemonte e da Lombardia. Considerando o período de 1876 a 1920, um terço do total de imigrantes italianos vieram do Vêneto. Os primeiros imigrantes vieram preencher as lacunas de mão de obra em fazendas já existentes. A partir de 1893, 90% dos que chegavam eram destinados às novas fazendas do Oeste paulista.
A situação dos camponeses europeus era crítica, e a propaganda brasileira encontrou lá um terreno favorável. A canção Italia bella, mostrati gentile, provavelmente do final do século XIX, mostra o espírito dos camponeses italiano quanto a sua situação:

Itália bela, mostre-se gentil
e os filhos seus não a abandonarão,
senão, vão todos para o Brasil,
e não se lembrarão de retornar.
Aqui mesmo ter-se-ia no que trabalhar
sem ser preciso para a América emigrar.

O século presente já nos deixa,
o mil e novecentos se aproxima.
A fome está estampada em nossa cara
e para curá-la remédio não há.
A todo momento se houve dizer:
eu vou lá, onde existe a colheita do café.(1)

1- Imigração italiana: Brasil-Itália95; a presença italiana no Brasil. São Paulo: Secretaria Municipal de Cultura: Consulado Geral da Itália; Instituto Italiano de Cultura, 1995. p33 e 53.

A viagem

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