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Ao longo da segunda metade do século 19 o comércio internacional do café experimentava um enorme crescimento. À medida que
se avolumava e tornavam-se mais fortes os movimentos abolicionistas, cresciam as preocupações com a lavoura, totalmente dependente
da mão de obra escrava. Iniciam-se as discussões sobre a vinda de imigrantes para o Brasil. A partir de 1870, com a introdução
de mão de obra assalariada, a imigração, antes uma opção, torna-se uma necessidade. A proibição do tráfico de escravos
(1850), a Lei do Ventre Livre e a Lei dos Sexagenários (1885), culminando com a abolição da escravatura (1888), foram os principais
fatores que provocaram a criação de uma política de incentivo à imigração. A autoridade para trazer imigrantes, antes
sob controle do governo imperial, é delegada aos estados, então províncias. A província de São Paulo estabeleceu sua própria
política de imigração. Os fazendeiros paulistas uniram-se e fundaram, em 1886, a Sociedade Promotora da Imigração, que tornou-se
responsável, juntamente com o governo provincial pela definição da política de imigração de São Paulo. Uma propaganda
maciça, onde o Brasil era mostrado como um paraíso, promissor, aliada às promessas de vantangens como moradia, alimentação,
salário, e principalmente, possibilidade de compras de terras, e por fim, o financiamento das passagens influenciou a imigração
voluntária. Essa facilidades possibilitaram a saída de grandes contingentes de camponeses e lavradores assalariados de certas
regiões da Itália, que dificilmente teriam condições de pagar a viagem.
Motivos da Emigração
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